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Universidade Federal do Ceará
Grupo de Atenção Integral e Pesquisa em Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa – GAIPA UFC

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A mesma abordagem de pesquisa utilizada para fármacos alopáticos é adequada para avaliar a eficácia das PICS?

Data da publicação: 13 de março de 2021 Categoria: Sem categoria Tags: , , , ,

Segundo Fonnebo e colaboradores (2007) a resposta é não!

As PICS são Racionalidades Médicas (Whole Medical System) e recursos terapêuticos baseados em saberes tradicionais e populares intrínsecos a uma cultura e povo de origem, e que desde os anos 60 estão sendo institucionalizada nos Sistemas de Saúde de todo o mundo.

Diferente da abordagem de pesquisa utilizada para os medicamentos alopáticos (“Bottom-Up“), que parte da:

  • Descoberta de uma nova substância química, da
  • Investigação do mecanismo de ação em animais, da
  • Translação para humanos saudáveis (fase I) e pacientes (fase II e III) para avaliar a acurácia na dosagem, segurança e eficácia, e da
  • Translação para a prática clínica e mundo real (fase IV) para se avaliar a efetividade e eficiência (custo-benefício nos serviços e políticas públicas),

A abordagem de pesquisa em PICS deve seguir o caminho inverso (“Top-Dow“), pois já estão presentes na sociedade ou fazem parte do sistema oficial de saúde dos países onde são originárias, como a Medicina Tradicional Chinesa na China e a Medicina Ayurvédica na Índia.

Assim, Fonnebo e colaboradores (2007) propõem neste artigo uma nova “Estrutura de Pesquisa” para guiar a pesquisa em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), cujas perguntas que norteiam cada fase estão descritas abaixo:

  • Fase 1: O que é esta Racionalidade Médica e como vem sendo utilizada?
  • Fase 2: É segura?
  • Fase 3: Qual é a efetividade da abordagem utilizada por esta Racionalidade Médica?
  • Fase 4: Qual a eficácia de um componente específico da terapia?
  • Fase 5: Como os resultados do tratamento podem ser explicados biologicamente (plausibilidade)?

REFERÊNCIAS:

Fonnebo V et al. Researching complementary and alternative treatments—the gatekeepers are not at home. BMC Med Res Methodol. 2007 Feb 11;7:7. <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17291355/>.

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